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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

VÍDEO SOBRE ITAPIPOCA

ITAPIPOCA CIDADE DOS TRÊS CLIMAS!



Itapipoca, o segundo Município do Norte cearense á se emancipar por resolução do Imperador Pedro I, a 17 de outubro de 1823, com tradição de lutas políticas na história da Província do Ceará e do Império brasileiro, tinha o seu passado apenas gravado na memória e como diz o índio Pianco da tribo Ashaminkas da parte ocidental do Acre, “o lugar que não tem a sua história escrita, quando um velho morre, é como se queimasse uma biblioteca inteirinha”.
Itapipoca sempre foi culturalmente rica, com filhos ilustres que se destacaram na política, na magistratura, na medicina, na advocacia, no magistério, nas casernas militares, no clero, nas letras, nas artes e em muitos outros ramos que tornam os homens sábios e que deixa os itapipoquenses orgulhosos. Apesar desse celeiro de homens cultos, Itapipoca ainda não tinha o seu biografo.
Com sua Colonização iniciada há 314 anos (07.10.1683), o município de Itapipoca localiza-se na Mesorregião do Norte cearense e tem a sua sede urbana aninhada no sopé da serra, entre o Nordeste e Sudoeste da falda ocidental da serrania de Uruburetama.
Recostada em uma cadeia de montanhas com muitos picos e quebradas de beleza incomum, denominadas: - Júlio; - Bibiana; - Madalenas; - Serrinha; - Pico da Cangalha; - Guarin; - Olho d’agua; - Lino; -Salgadinho; -Crispim; -Santa Rita; -Recreação e Umburana.
Na Vila Velha, muitos traços da arquitetura original ainda se pode ver na capela, nos engenhos de açúcar, alambiques de aguardente, tanques de purgação e nas casas construídas na metade do século XVIII e XIX. Berço dos mais marcantes acontecimentos históricos da vida sócio-cultural e político-econômica, vivificados pelos mais remotos troncos lusitanos que originaram o nascente Município e a grande família Itapipoquense.
Com ideias fortes de liberdade e justiça, seus habitantes registraram um passado de lutas e trabalho incansável desde a fundação até a conquista de foros mais elevados de Vila com território independente da subordinação de sobral e Fortaleza.
A denominação Itapipoca é um vocábulo indígena do dialeto tupinambá, sistematizado pelos Jesuítas com a finalidade de catequizar os nativos de grande nação tupi e significa “cascalho” ou “pedra de pele estalada” ou, ainda “pedra de pele rebentada”.
Na realidade Itapipoca é uma lasca de pedra de que os índios se utilizavam para esfolar peles de animais mortos nas caçadas.

VARIAÇÕES TOPONÍMIAS.
Sua primeira denominação foi “São José”, atribuída pelo seu fundador Jeronymo de Freitas Guimarães, como uma forma de reverenciar a tradição lusa em seus costumes de adotar nomes que traduzem o respeito das Cortes as suas convicções religiosas.
A segunda, “Imperatriz”, foi uma resolução do Imperador D.Pedro I, que ratifica a vontade e as justificativas dos seus habitantes nas suas aspirações de alcançar foros mais elevados, emancipando-a e criando o seu Município.

Itapipoca se encontra no polígono das secas, tendo portanto, clima Tropical  semi-árido, quente e seco, porém salubre.Suas características são temperaturas médias elevadas, em torno de 27 graus centígrados e amplitude térmica em torno de 5 graus centígrados. As chuvas além de irregulares, dificilmente ultrapassa os 900 mm/ano, o que leva ás “secas do município” aos longos períodos de estiagens.
O clima semi-árido, quente e seco, predomina nas depressões entre planaltos do Sertão Nordestino até o Norte de Minas Gerais. Não existe, portanto, nenhuma cidade nesta região com mais de um clima.

HIDROGRAFIA
O Município possui uma pequena rede hidrográfica composta por rios e riachos temporários que têm suas nascentes no ocidente das serras de Uruburetama. Vários açudes, barragens e lagos e lagoas se utilizam dessas águas durante a quadra invernosa para retê-las em seus reservatórios e utilizá-las durante o verão.

MICRO-REGIÕES ITAPIPOQUENSES
NORTE-região de caatingas e praias formada pelos Distritos: Barrento, Bela Vista, Marinheiros, Baleia.
Na pequena faixa litorânea a vegetação é de mangues nas margens dos rios salgados e de coqueiros nas proximidades da linha da costa. O relevo é ondulado e o solo é de areias quartzosas e distróficas (dunas). A economia regional tem por base agropecuária de subsistência com minifúndios de pouca produtividade e pesca artesanal na praia, com o destaque para a produção de lagostas e algas marinhas. O turismo na praia da Baleia é um setor em crescente desenvolvimento.
SUL - região serrana com relevo montanhoso e solo podzólico eutrófico, fértil e fresco, dela fazem parte os Distritos de Arapari e Assunção. Sua mata original, a mata atlântica foi sendo devastada desde os seus fundadores até os dias de hoje, para plantações de bananeiras, cajueiros, cana-de-açúcar, café e capim de pastagens.
LESTE - esta região compreende os Distritos Ipu Mazagão e Deserto. Suas terras estão situadas, uma parte na serra e a outra no sopé da mesma se estendendo em direção ás caatingas do Nordeste.
A base da economia é a agropecuária explorada por minifúndios com resultados mais satisfatório, que as regiões do sertão e praias, em virtude da fertilidade de suas terras frescas, próprias para as culturas temporárias de milho, feijão e mandioca e as cultuas permanentes de bananeiras, cajueiros e mangueiras.
CENTRO OESTE - região que compreende a sede urbana, sede rural e território do Distrito do Cruxati. A sede urbana é onde se encontra a maior densidade demográfica. Isto ocasiona sérios problemas sociais com o aumento de favelados, que formam bolsões de miséria que fazem crescer a marginalidade e a prostituição. O desemprego e o êxodo rural que faz inchar a cidade são os maiores responsáveis por esse triste cenário. A sede rural e oeste é conhecida como sertão de vegetação rasteira e solos litólicos e eutróficos, de textura arenosa e média fase pedregosa e rochosa, muito ressequido na época mais árida. A noroeste predomina as caatingas hiperxerófila com relevo plano, solo argiloso e arenoso, menos seco que o sertão. A base da economia é a agropecuária de subsistência. Hoje a agricultura praticada ainda é rudimentar e os solos são pobres de nutrientes, portanto, de pouca produtividade.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
URBANIZAÇAO-O Município tem 12 Distritos: - o Distrito sede e mais nove Distritos rurais com suas pequenas e incipientes sedes urbanas, assim distribuídos por regiões: - SERRANA; Ipu, Arapari e Assunção. CAATINGA: Deserto, Barrento, Cruxati e Bela Vista. PRAIANA: Marinheiros e Baleia, Calugi e Betânea.
POSIÇÃO GEOGRÁFICA-Mesorregião: Norte cearense, micro-região: Itapipoca. Área (Km2): 1.782-Altitude da cidade: 108,72m. – Suas coordenadas geográficas são: 3°29’40’’ de latitude sul e 39°49’54’’ de longitude a oeste de Greenwich (WG).
LIMITES: Norte, orla marítima da Costa Atlântica, Sul, Itapagé; Leste: Uruburetama; Trairi e Tururu; Oeste Miraima e Amontada.

MANIFESTAÇÃO CULTURAIS
Culturalmente, Itapipoca de um modo geral é associada a um certo estado de espírito alegre, descansando e maneiroso que cultiva a sua própria expressão. A maioria de suas manifestações populares giram em torno da herança portuguesa, e indígena e africana ou, são por elas influenciadas -  a música, a culinária, a sensualidade das danças como o forró, quadrilhas, são Gonçalo, carnaval, festas religiosas, folclore, histórias curiosas contadas de tempos em tempos como a da pedra do amor e da maldição das sete bruxas.
A maioria dos seus habitantes são católicos e Itapipoca é sede de Diocese desde 13 de março de 1971. Seu primeiro Bispo foi Dom Paulo, Eduardo Ponte e atualmente Dom Benedito Francisco de Albuquerque que o substituiu como segundo Bispo diocesano. O padroeiro da cidade é São Sebastião, o seu dia festivo é 20 de janeiro. A padroeira é N.S. das Mercês e as comemorações é a 24 de setembro. Os evangélicos, mesmo sendo minoria contam com muitos templos, na sede urbana e espalhados em congregações por todo o Município. São várias as denominações. Registra-se como á mais antiga a Igreja Presbiteriana e com maior número de fiéis a Assembléia de Deus.
A Itapipoquense Luiza Tomé é a expressão máxima a nível nacional nas novelas exibidas pela Rede Globo de Televisão. Faz sucesso ainda a nível nacional o humorista natural de Itapipoca Francisco Everardo Oliveira Filho, (tiririca) de 33 anos e a nível regional (Nordeste) a cantora e a bailarina Lucinha Meneses. No Município não há registros de incentivos às artes e ao patrimônio histórico-cultural. O acervo bibliotecário do Município é limitado e atrasado. Não existem museus e nem outras fontes de pesquisas sobre as tradições de sua história.                      

EDUCAÇÃO
O Município conta com as seguintes unidades escolares: - uma Faculdade da Educação da Universidade Estadual do Ceará, 4 escolas estaduais uma delas o liceu (escola técnica) e mais de 70 escolas municipais.

SAÚDE
Itapipoca conta com o Hospital Maternidade São Vicente de Paula. PSFS em todos os bairros e também nos Distritos. Uma Clinica de Odontologia o CEO, o NASF que traz a população de Itapipoca um grupo com educador físico, nutricionista, fisioterapeuta e um clinico.

SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR – A 3°. CIA/4. BPM, funciona em Itapipoca, desde 16 de junho de 1976, data da inauguração de suas instalações físicas. Construída no Bairro das Cacimbas em terreno doado pela Municipalidade atendendo solicitação do Comandante do 4°. BPM, T CEL Raimundo Ernesto Coelho.
POLÍCIA CIVIL- desde o início da década de 80, que Itapipoca conta com uma delegacia Regional de Polícia Civil, que responde por 17 municípios da região e tem o comando do Gladistone Delegado Regional.
TIRO DE GUERRA-funciona há mais de 30 anos um Órgão do Serviço Militar do Exercito (Tiro de Guerra), responsável pela formação militar do serviço obrigatório dos jovens a partir de 18 anos de idade e uma frente do Serviço Militar Regional, responsável pela parte burocrática do alistamento militar e outros expedientes inerentes as suas funções.

PRIMEIRO NÚCLEO DE POVOAMENTO
A  posse oficial da terra na serra, ocorre há 13 de abril de 1744, data em que a família do Sargento-Mór Francisco Pinheiro do Lago, requer ao Capitão-Mór João de Teive Barreto Meneses, Governador da Capitania do Ceará, como fundamento na lei fundiária da época a concessão de uma “Sesmarias” de três léguas de terras na serra onde já exploravam a agropecuária (São José e Santo Amaro).        
Em janeiro do ano seguinte requer mais três léguas de terras na mesma serra, desta feita para seu sogro Tomé Pires de Queiroz, aumentando em 100% os limites territoriais da primeira concessão. As “sesmarias”, foi o primeiro regime de propriedades e durou três séculos. Em 1822, ás vésperas da Independência, foi revogada a legislação das sesmarias, e o Brasil ficou quase trinta anos sem nenhuma lei sobre a propriedade rural.
FUNDADOR DO PRIMEIRO POVOADO- Jeronymo de Freitas Guimarães.
Desde 13 de abril de 1744, data oficial da posse de terra até 17de outubro de 1823, data da expedição do Alvará de criação do Município, que seu território é dependente, ora pertencendo ao município de Fortaleza, ora á Sobral e não raras vezes sob o regime de conflitantes subordinações. Durante 47 anos pertence a Fortaleza e 50 a Sobral, nos períodos de 13.04.1723 a 05.07.1773 (Fortaleza) e 05.07.1773 a 17.10.1823 (Sobral).

ALVARÁ DE CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO
 “Eu Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, faço saber aos que este ALVRÁ virem, que em consulta da Mesa do Desembargo do Paço me foi presente a representação dos habitantes da Serra de Uruburetama, em que expunham que, sendo da mesma, que se denomina Povoação de São José, do Termo Vila, hoje a cidade de Fortaleza, da Comarca do Ceará, mediando para cada uma das vilas mais de trinta léguas, esta tão longa distância lhe ocasiona gravíssimos incômodos nas suas dependências civis e criminais de que resulta também detrimento do bem público, pela dificuldade de se punirem os delitos com a prontidão que convém, e de se executarem igualmente importantes diligências do Serviço Nacional.
Ao mesmo tempo a sobredita serra de uma povoação numerosa e vantajoso comércio, ela se aumentaria cada vez mais pelos progressos da agricultura, consideravelmente adiantando, uma vez que lhe abrisse e facilitasse o caminho da prosperidade, erigindo-se na referida Povoação de São José, uma Vila na forma que suplicam, na qual os povos com a criação das respectivas justiças, alcançassem o amparo e recursos das leis sem se verem obrigatórios a ir demandá-las de tão grande distância, desamparando para este fim as suas casas e lavouras.
Tendo em consideração ao exposto, as informações que houver do antigo Governo da Província do Ceará, com audiência do respectivo Ouvidor e das Comarcas das Vilas de Sobral e da cidade de Fortaleza e mais que o Ouvidor, Desembargador e Procurador da Coroa Soberana e Fazenda Nacional, se me expedem na referida consulta, com o parecer da qual confirmei.
Houve por minha imediata resolução de 3 de fevereiro do corrente ano, erigir em Vila a sobredita Povoação de São José com a denominação de Vila da Imperatriz que compreenderá no seu território desde a costa do mar entre as barras dos Rio Aracatiaçu e Aracati-mirim, procurando-se o pouco mais ou menos o rumo sul até a serra denominada Machado, com os terrenos das águas vertentes para o Rio Aracatiassu até as suas cabeceiras, a mencionada serra do Machado Termo da Vila de Sobral, isto é, por outra no terreno da referida cidade de Fortaleza, toda a ribeira com águas vertentes, até o Rio Caxitoré, as cabeceiras do Rio Curu com as suas águas vertentes, até o Rio Caxitoré fazer barra com o mesmo Rio Curu; partindo-se deste ponto para o Norte, procurando-se os meios entre os Rios Curu e Trairi, compreendendo-se nesse território a serra denominada Jatobá sem embargo da pretensão contrária da Vila de Sobral, acerca da  mesma serra, convindo aliás em tudo mais, como da dita cidade Fortaleza, que são as confinantes, de cujo Termo e território  se há de desmembrar o da nova Vila, visto constar pelas informações e averiguando a que se procedeu que a mencionada serra do Jatobá dista da Vila de Sobral, quarenta e quatro léguas, ficando esta com justiça própria, e nunca anexa a jurisdição do Juiz de Fora da cidade de Fortaleza, a fim de não perigar a boa e pronta administração da justiça que em prol daqueles habitantes torna urgente a necessidade desta criação.
Haverá para o regimento da dita Vila: dois juízes ordinários e um de órfãos, três vereadores e um procurador do conselho. Haverá dois juízes almotacés e assim mais dois tabeliães público, e notas, um alcaide e um escrivão do seu cargo, ficando anexo ao ofício de primeiro tabelião os de escrivão da Câmara, almotaceira e ao segundo tabelião o de escrivão dos órfãos; as pessoas que forem providas nos referidos empregos os servirão na forma das leis e regimentos que lhes são respectivos.
A mesma Câmara ficará pertencendo a parte respectiva de rendimentos e contribuições que até agora pertenciam igualmente a dita Vila de Sobral e á Cidade de Fortaleza, além de uma sesmaria de uma légua de terra em quadra, conjunta ou separadamente, no caso de que hajam terras devolutas, para patrimônio  da  dita Câmara, que a poderá aforar para esse fim em porções pequenas e em perpétuo fateusim pelo preço e foro que for justo, e com laudêmios da lei, observando-se, a respeito de três embasamentos do Alvará de 23 de julho de 1766. E ficará a dita Nova Vila gozando das prerrogativas e privilégios e franquias de que gozam as demais Vilas deste Império. Far-se-á levantar pelourinho, casa de Câmara, cadeia, oficinas do conselho, as quais o Ministro que for encarregado do levantamento da dita Vila efetuará debaixo das ordens da Mesa do Desembargo do Paço, e a custa dos moradores da mesma Vila do seu Termo, fazendo-se as necessárias posturas, como pedir o bem dos povos e utilidade pública, dando-se conta com a mesma Mesa com a cópia delas para confirmação.
Pelo que mando, etc. Dado no Rio de Janeiro, aos 17 de outubro de 1823, segundo da Independência e do Império.
Imperador em Guarda. Com os registros competentes.
É por demais justo que se celebre “o 31 de agosto” com grande euforia e festa, porque na atualidade, a categoria de cidade é o expoente máximo da autonomia municipal, porém nunca como o dia do Município, como vem acontecendo, pois este foi inaugurado, juntamente com a Vila, a 17 de julho de 1824. Dentre os documentos alusivos á inauguração da Vila da Imperatriz, existem vários que ratificam essa afirmação.
Poucos municípios no Brasil foram emancipados por Ordem Imperial, e “Imperatriz” foi um deles. No Alvará de criação, o Imperador Pedro I, diz categoricamente: “Houve por minha imediata resolução de 3 de fevereiro do corrente ano, erigir em VILA a sobredita povoação de São José com a denominação de Vila da Imperatriz.”

TRANSFERENCIA DA SEDE DA VILA PARA ITAPIPOCA
A transferência da sede da Vila da Imperatriz, localizada na serra (Arapari) para o incipiente arraial de Itapipoca, se deu a 3 de novembro de 1862, por resolução do Presidente da Província, José Bento da Cunha Figueiredo Júnior, que havia sido nomeado por Carta Imperial de 9 de abril de 1862, tendo assumido o Governo em data de 5 de maio do mesmo ano e permanecido no Governo até 19 de fevereiro de 1864.
Em 3 de novembro de 1862, através de resolução Provincial No. 1.111, Bento da Cunha Figueiredo Júnior, Presidente da Província  autoriza a transferência, retira-lhe o nome de “Imperatriz” e atribui ao arraial de Itapipoca, que também ao ser agraciado com foros mais elevados perde o nome “Itapipoca “ e passa a Vila da Imperatriz.
Primeiro  prefeito eleito (constitucionalmente) através do voto foi José Romero de Barros – 06.01.1948  a 31.01.1951 .

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
Com relação à administração municipal, cumpre esclarecer que os municípios nem sempre foram administrados por prefeitos, como atualmente, e não existia a divisão  do poder Legislativo, Executivo e Judiciário, ora adotados nos países democráticos.

REGIME POLÍTICOS
REGIME IMPERIAL- durante 75 anos, 4 meses e 15 dias (período de 17.07.1824 a 30 de dezembro de 1889) de regime imperial, a Vila da Imperatriz e Termo é administrada por uma Câmara com sete membros eleitos indiretamente por colégio eleitoral escolhido entre eleitores da paróquia em número de 36 representantes do eleitoral do qualificado.
A figura do prefeito na época imperial, era representada pelo Presidente da Câmara que tinha funções executivas.
                      
PRESIDENTES CAMARISTAS
(PREFEITOS - ÉPOCA IMPERIAL)

1°- Miguel Antônio da Rocha Lima – 17.07.1824 a 31.12.1825
2°- Luiz Antônio Cordeiro - 01.01.1826 a 31.12.1826
3°- Francisco Manoel Alves, 1° mandato – 01.01.1827 a 31.12.1827
4°- Manoel Oliveira Dias – 01.01.1828 a 07.01.1829
5°- José de Agrela Jardim – 08.01.1829 a 07.01.1833
6°- Francisco Manoel Alves, 2° mandado – 08.01.33 a 07.01.1837
7°- Antônio Ferreira Braga – 08.01.1837 a 07.01.1840
8°- Manuel Urbano Pessoa Montenegro – 08.01.1840 a 07.01.1841
9°- Francisco Manuel Alves, 3° mandado – 08.01.1841 a 08.01.1843
10°-Francisco Barroso  de Sousa Cordeiro – 08.01.1843 a 06.01.1845
11°- Bento Antônio Alves, 1° mandado – 07.01.1845 a 08.01.1849
12°- Antônio José dos Santos, 1° mandado- 08.01.1849 a 08.01.1853
13°-José de Agrela Jardim (sobrinho) – 08.01.1853 a 08.01.1854
14°- Antônio Ferreira Braga, 2° mandado-08.01.1854 a 08.01.1857
15°- Antônio José dos Santos ,2° mandato – 08.01.1857 a 31.12.1872
16°-Bento Antônio Alves, 2°mandado – 01.01.1873 a 31.12.1875
17°-Raimundo Vóssio Brígido – 01.01.1876 a 31.12.1876
18°-Domingos Francisco Braga – 01.01.1877 a 31.12.1880
19°- Inocêncio Francisco Braga – 01.01.1881 a 31.12.1882
20°-Antônio Tabosa Braga – 01.01.1883 a 31.12.1883
21°-Inocêncio de Agrela Braga – 1° mandado – 01.1884 a 31.12.1885
22°-José Ângelo de aguiar – 01.01.1886 a 31.12.1886
23° Inocêncio de Agrela Braga, 2° mandado – 01.01.1887 a 31.12.1887
24°-Sabino Furtado Barbosa – 01.01.1888 a 30.12.1889

ADMINISTRAÇÃO DOS PREFEITOS DO PERÍODO IMPERIAL
DR.MIGUEL ANTÔNIO DA ROCHA LIMA – 1° Presisente da Câmara (Prefeito). Eleito para uma mandado de 1 ano, 5 meses e 17 dias. Toma posse e assume a administração do recém-criado Município em data de 17 de julho de 1824 e nela permanece até 31 de dezembro de 1825.

EVOLUÇÃO DA VIDA RELIGIOSA
CRIAÇÃO DA FREGUESIA
Em 1946 é construído o primeiro Templo da Igreja Presbiteriana de Itapipoca, ainda sobre a direção do Reverendo Cécil David, que posteriormente foi substituído por vários outros pastores que deram continuidade ao trabalho evangélico neste Município.
A mais antiga Igreja Evangélica está localizada na Rua Osvaldo Cruz, 269, e tem seu Conselho assim constituído: Presidente; Pastor Osvaldo Fernandes Simão, Presbíteros; Raimundo Freires de Sousa Júnior, Aristarco Araújo Prado e Francisco Cunha Bento (Chico Crente).

CONSTRUÇÃO DO 1°. PRÉDIO ESCOLAR, HOJE PREFEITURA.
A última obra construída com a participação do padre Antero, depois de concluído o seu trabalho a frente da Matriz, foi o Prédio Público com quatro dependências para funcionamento de salas de aula e uma dependência destinada á residência do Professor Diretor.
Esta escola funcionou em prédio particular até o exercício de 1891, com duas cadeiras de primeiras letras para meninos e duas cadeiras de primeiras letras para meninas, além de uma cedeira de latim.